domingo, 28 de agosto de 2011

Reporte de Sessão - Playtest: A Joia Russa

Opa!

Ontem fiz um playtest com 2 jogadores @wngb e @lfmjr. Apesar de, teoricamente, não se o número ideal de jogadores, a sessão fluiu sem mais problemas e de forma bem dinâmica.

No começo da sessão entreguei as jogadores 4 fichas de personagens, cada uma focada em 1 atributo/naipe, e acabaram escolhendo:
- Tony "Truck" Salanzanni (Vigor-Paus): Um italiano especialista em dirigir veículos pesados (ele tem um furgão), e briga de rua.
- Camenron "Pretty Boy" Mc Allister (Carisma-Copas): Um irlandês em dívidas com a máfia italiana, e é o rei da persuasão  e contatos.

SET UP
Os jogadores são membros da baixa casta da máfia italiana de Londres. Eles estão em sua casa e recebem uma pizza, que não haviam pedido. Desconfiados, mandam o entregador subir, pois o mesmo diz que a pizza já está paga. Como o Padrino é constantemente monitorado e vigiado eles logo entendem que pizza é uma forma de passar alguma mensagem ou missão.

No fundo da caixa encontram um CD, que logo colocam no computador e descobrem a missão: Roubar o colar de uma bela russa chamada Elena Barishinikov. Ela estará presente na ópera o Barbeiro de Sevilha que terá apresentação única no sábado.

PLANEJAMENTO
O primeiro plano foi se passar por um "namorado" da Elena e conseguir um favor para entrar no teatro com a desculpa de fazer uma declaração para ela durante a opera. Como os ingressos já estavam esgotados, e o pretty boy não quis levar a fundo a sedução do atendente homosexual do teatro, este plano foi descartado.

Tentaram então alguns contatos com a máfia russa para descobrir quem era Elena e onde ela estaria ficando. Tiveram sucesso  nos testes e descobriram quem Elena não era da máfia local.

Partiram então para ligar para TODOS os hoteis de Londres tentando "dar um migué" para falar com a misteriosa russa. Como londres tem cerca de 5.000 hoteis logo desistiram também.

Restou a eles obter ingressos para o Teatro e improvisar.

Pretty boy fez alguns contatos e descolou um cambista que estava vendendo cada ingresso por 2.000 libras. Mesmo sem grana para comprar, marcaram um local para a troca, em plena Trafalgar Square, no Centro de Londres. Ao chegaram no local combinado, descobrem com o cambista não está disposto a negociar o preço, e ele inicia tenta dar um soco em Pretty Boy por ele não estar com a grana. Depois de um rápido combate, o cambista termina nocauteado e sem os ingressos. Após um teste de direção bem sucedido, eles escapam sem chamar a atenção.

De posse de ingressos para a ópera, ai formulam um plano.

Pretty Boy vai entrar na ópera e seguir Elena, enquanto Tony vai seguir o motorista que a deixar no teatro para roubar o carro dela.

EXECUÇÃO
Pretty Entra no teatro e apesar de ficar no "fundão" ele consegue uma boa visualização de Elena. Ele vê um homem meio gordo se sentar com ela, mas não reconhece a figura.

Enquanto isso Tony segue a limosine até o local onde elas ficam aguardando a hora de saída do espetáculo para buscar os convidados. Com um pouco de astúcia e intimidação ele consegue cooperação do motorista do carro que voluntariamente entra no portamalas e deixa o carro na mão do italiano.

Na saída do show Elena entra no carro e Pretty Boy faz um teste de furtividade e entra no carro com a Russa sem chamar a atenção. Já dentro do carro. Eles pegam o colar e recebem uma SMS para se deixarem Elena em segurança em algum lugar e seguirem para China Town.

CONCLUSÃO
Ao chegarem no endereço, entram no restaurante e se encontram com o homem gordo que estava sentando no teatro com a Elena. Era o PADRINO!

O Padrino recebe o colar, arranca uma de suas pedras e quebra com a coronha do revolver, estilhaçando um pequeno circuito gravador. E explica "Elena é uma agente dupla, ela trabalha para mim junto a máfia em Moscow, mas também presta seus serviços para a Interpol. Eu descobri que ela estaria grampeada para este nosso encontro, e gravaria tudo que iamos conversar, porém eu precisa que fosse simulado este roubo, para que a gravação fosse destruída sem aumentar suspeitas sobre mim."

O Padrino agrace aos personagens por uma missão bem cumprida.


Bom.
O jogo playtest foi esse.
Postarei em breve algumas considerações

Até a próxima

F.


7 comentários:

  1. Excelente o jogo. Alguns pontos que ficaram doidos:

    - Mega voltado para roleplaying
    - Mecanismo de fichas quando você falha
    - Flashback

    Pontos a melhorar:

    - Definição da dificuldade das ações
    - Combate: Acho que seria interessante o mestre ter um deck e o combate ser estilo Texas Hold´em. Cartas viradas na mesa e os dois podem usar cartas da mão para ver quem ganha o round.
    - Ao invez do valor base do atributo ser o tanto de carta que vira, ele poderia ser o tanto de carta que você pode trocar do flop inicial. Tipo poquer a escura em que todos podem trocar até 4 cartas.

    Mas ficou muiiiiiiiito doido o jogo.

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  2. Comentando as críticas.

    1. Concordo que a definição das difuculdades é algo a ser melhor trabalhado. Achei que as fichas ficaram um pouco fortes. O Cara ter 5 de carisma e 5 de Contatos ele fica praticamente uma bola de cristal.

    2. Pensei muito em que o mestre (Dealer) jogasse também, mas acho que isso só ia atrasar demais o jogo. É estranho "jogar para atacar e defender", mas existem RPG's que fazem isso, e acho que é o melhor caminho para o Crooks

    3. Gostei da sugestão. Com ela dá possibilidade de jogar com fichas mais fracas, e fazer testes onde vc não tem skill. Excelente. Vou incorporar. No proximo jogo, usaremos desta maneira

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  3. Acho que adotando o 3 o 1 vai sofrer grandes alterações, ai temos que testar e ver no que dá.

    No caso do 2, acho que o Texas Hold´em é ideal para combate. Imagino o Flop como a situação/ambiente. Porque ao contrário de uma dificuldade pré-determinada, e realmente um duelo onde o campo de batalha é comum. Podíamos testar um combate fora da história para ver como rola.Um de corpo a corpo e um tiroteio.

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  4. Acho que mudando o 3, é melhor manter fixo o 1 para vermos que diferença vai fazer. Embora seja possível ao longo da aventura o mestre fazer as coisas mais difíceis.

    Já o 3, acho que vale a pena a gente testar para combate somente, mesmo que seja fora do jogo. Simulamos um combate corpo-corpo e um tiroteio. Acho que vai ser muito interessante, porque o Texas Hold´em e mais duelístico. O Flop inicial seria tipo o campo de batalha/situação.

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  5. Foi mal os dois comentários similares, achei que tinha dado pau no primeiro.

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  6. A questão do Dealer definir a difuculdade depois, vem do fato de que ela vai variar de acordo com o que/como os jogadores vão tentar fazer uma ação.

    Tipo atirar em alvo fixo é uma coisa, e atirar em um alvo pequeno e móvel durante uma perseguição é outra.

    Por exemplo, no caso do teste de contatos para reconhecer o Padrino, deixei a dificuldade do Tony menor do que a do Pretty Boy, pq o Tony é membro antigo da máfia e já teve mais oportunidades de ve-lo.

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